17/12/2012

LER ME ACALMA A ALMA

Escrito em 24-10-11





Sempre fui adepta à leitura... para mim livro é companhia.  
É apego. 
É emoção.  
É distração.
Quando gosto perco a noção do tempo.  
Sinto o livro.  
Vivo o que ele traz. 
Me sinto fazendo parte dele.
Marco o que eu gosto. 
Leio.
Releio.
Me identifico.
Choro.
Destesto.
Aprendo.
Indico.  
Livro para mim é objeto de desejo. 
Quando não gosto paro e não volto mais.
Alguns parecem que falam para mim. Conhecem o que penso e o que sinto.
Adoro transcrever o que chamo de "MINHAS IMPRESSÕES" que na verdade são pequenos trechos... frases soltas... grandes temas... enfim, tudo aquilo que tocar meu coração.
Acho que já ficou perceptível meu encanto por escritoras como: Martha Medeiros, Ana Jácomo, Lya Luft, Clarice Linspector... Como disse, parece que elas escrevem para mim... e eu gosto dessa sensação.

Durante o período da minha doença e recuperação, ler foi um bálsamo. 
Fica a DICA: Leia. Leia muito. Faz bem para a alma, para o coração... ocupa a mente, crescemos... e sempre iremos ter algo para contar...  


 
"Eu, por exemplo, gosto do cheiro dos livros. Gosto de interromper a leitura num trecho especialmente bonito e encostá-lo contra o peito, fechado, enquanto penso no que foi lido."
Martha Medeiros 


Minha cara!!!! Eu faço tanto isso...

          Bom, o livro da vez é dela, Martha Medeiros, chama-se: FELIZ POR NADA. E aqui irei registrar "Minhas impressões"... dividir com vocês o que me emocionou... o que me fez parar,encostá-lo no peito e pensar no que foi lido....

"Geralmente, quando uma  pessoa exclama: estou tão feliz! É porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é SER FELIZ POR  NADA!!!"


"Sonho com um abraço que me baste"


"Onde você gostaria de estar agora, nesse exato momento? (...) 
DENTRO DE UM ABRAÇO!
     Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para uma adolescente com medo, para um doente, para alguém soltitário?
           Dentro de um abraço é sempre quente. É sempre seguro. (...)
           Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém-contratado?
         Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta. O futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso.
        O rosto contra o peito de quem te abraça. As batidas do coração dele e as suas.  
            O silêncio que sempre se faz durante esse envolvimento físico.
            Dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária, está tudo dito.
            Que lugar no mundo é melhor para se estar?"
(Dentro de um abraço) 


A mulher independente

" (...) Fico imaginando que essa tal “mulher independente”, aos olhos dos outros, pareça ser uma pessoa que nunca precise de ninguém, que nunca peça apoio, que jamais chore, que não tenha dúvidas, que não valorize um cafuné. Enfim, um bloco de cimento.
(...) Independência nada mais é do que ter poder de escolha. Conceder-se a liberdade de ir e vir, atendendo suas necessidades e vontades próprias, mas sem dispensar a magia de se viver um grande amor. Independência não é sinônimo de solidão. É sinônimo de honestidade: estou onde quero, com quem quero, porque quero.
(...) Acredito que a independência feminina é estimulante, alegre, desafiadora, vital; enfim, uma qualidade que promove movimentação e avanço à sociedade como um todo e aos familiares e amigos em particular. “Eu preciso de você” talvez seja uma frase que os homens estejam escutando pouco de nós, e isso talvez lhes esteja fazendo falta. Por outro lado, nunca o “eu amo você” foi pronunciado com tanta verdade."



"(...) Dores, cada um tem as suas. Mas o que nos faz cultivá-las por décadas? Creio que nos apegamos com desespero a ela por não ter o que colocar no lugar, caso a dor se vá... E então fica ruminando, alimentando a própria "má sorte" num processo de vitimização.
Amadurecer talvez seja descobrir que sofrer algumas perdas é inevitável, mas que não precisamos nos agarrar a dor para justificar nossa existência."
            
Martha Medeiros - Cresça e Divirta-se - livro: Feliz Por Nada

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