24/12/2012

CÂNCER DE MAMA: O FIO DA HISTÓRIA: REVISTA CLÁUDIA

08-02-12

ATENÇÃO AMIGAS DO PEITO!!! 

Essa foi uma reportagem que mexeu muito comigo e gostaria de dividi-la com vocês. Histórias reais de quem venceu! 

Eu venci e você também pode!

 Guerreiras contra o câncer

A Revista CLÁUDIA acompanhou a guerra de Rose e Gisele contra o câncer de mama. Do diagnóstico ao tratamento, com altos e baixos, elas sofreram grandes mudanças físicas e emocionais.

Eu me identifiquei muuuuuuuuuuito com a história dessas mulheres... e você também pode ter um final feliz!!!

Conheça seu corpo

       Infelizmente, Rose e Gisele não são casos raros. Só este ano, outras 52.680 mulheres vão descobrir que estão com câncer de mama. Desse grupo de brasileiras, 12 mil deverão morrer, segundo cálculos do Instituto Nacional do Câncer, do Ministério da Saúde. O principal motivo: diagnóstico e tratamento tardios. “Quanto mais avançado o câncer, menores as chances de cura”, diz Luciana Holtz, psico-oncologista, presidente do Instituto Oncoguia.
     A ong Susan G. Komen, que ela gerencia no país, sugere esta rotina de autocuidado:


- Conheça o seu próprio risco – você tem pessoas na família com câncer? De que tipo? 
-Seu histórico inclui doenças como hiperplasia? A primeira menstruação foi muito cedo?

- Apalpe sempre as mamas e reconheça sinais de alerta.

- Vá ao ginecologista anualmente para a análise clínica das mamas.

- Faça mamografia a partir dos 40 anos e a cada 12 meses.

- Adote hábitos saudáveis: faça exercícios, alimente-se de forma equilibrada, evite o álcool em excesso e o cigarro.


De peito aberto


         A jornalista e escritora Vera Golik e o fotógrafo e sociólogo Hugo Lenzi, convidados para fazer esta reportagem, sensibilizam milhões de pessoas para o tema com o projeto “De peito aberto, a autoestima da mulher com câncer de mama, uma abordagem humanista”. O trabalho, que inclui exposição de fotos, palestras e um livro, transforma o câncer numa oportunidade de vitória. A ideia surgiu em 2000: “Na mesma semana, soubemos que minha irmã Andrea e meu irmão Peter estavam com câncer. Minha mãe, Dagmar, recebeu o diagnóstico meses depois”, conta Vera. O foco do projeto é o câncer de mama – o mais comum entre mulheres. “É um alerta para que os profissionais de saúde enxerguem na paciente não só a doença, mas o ser humano e para que o apoio dos familiares e amigos seja uma constante”, diz Hugo. Vera foi selecionada como Embaixadora Global para o Câncer, pela American Cancer Society. A exposição “De peito aberto” esteve na ONU, em Nova York, em setembro. A mostra, agora também com fotos de Rose e Gisele, percorre Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo no primeiro semestre.


        As histórias começam parecidas: em 2009, num autoexame, Rose e Gisele notaram um nó na mama. Apesar do enredo semelhante, cada uma reagiu a seu modo. Até porque elas nem se conheciam e tinham estilos diferentes.
        Entrei na vida dessas guerreiras ao pesquisar os registros do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo, onde enfrentei casos de câncer na minha família. Foram 19 meses de rica convivência. 
          Rosemary Amaral Silva, ou simplesmente Rose, 44 anos, solteira, sem filhos, é supereficiente. Organizadora de eventos, típica workaholic, trabalha sem se dar trégua. Saía de dificuldades emocionais num relacionamento complicado – e isso lhe doía – pouco antes de o tumor se revelar.  
         Gisele Lozovoi Cifarelli, 39 anos, se dedicava exclusivamente à casa, ao marido e à filha Giovanna, 9 anos, até que seu casamento de 11 anos, tido como perfeito, se desfez. O marido estava envolvido com outra. Dez meses depois, Gisele detectava o câncer. 
         Os médicos não são categóricos em relacionar choques emocionais com o surgimento do problema, mas se sabe que eles podem, sim, ser um dos fatores que desencadeiam a doença em quem tem propensão.         
Para as duas, o instante da revelação se resumiu no mesmo turbilhão, repleto de dor, medo e desespero.      
   Confira alguns trechos que li, me emocionei e destaquei:
        Fotos: Hugo Lenzi

 Rose Amaral Silva: peruca para trabalhar sem chamar a atenção para a doença

         O tumor de Rose era grande demais, precisava ser reduzido antes da cirurgia. Ela encarou várias sessões de químio. Perdeu todos os pelos do corpo, até cílios e sobrancelhas, e isso a abalou profundamente. (igual ao que aconteceu comigo!)Desde pequena mantinha uma relação forte com o cabelo longo. Soluçou quando os primeiros fios se soltaram. Até então, nunca havia deixado de se produzir, de andar em forma. De repente, o espelho revelou uma mulher inchada, com mechas caindo aos montes. Não desejava mais encontrar, no chão, partes dela que morriam.
 

Sucesso! Os fios vigorosos marcam a cura e o crescimento pessoal


        Fotos: Hugo Lenzi

               Dezenas de batalhas, Gisele cai e se levanta sempre

Maio 2010 -Corte chanel: driblando os efeitos tóxicos da quimioterapia e a queda dos fios, que chegavam à cintura.
Agosto 2010- Penugens: “Não finjo que tudo está sendo fácil. Os cabelos caem, há outras dores. São muitas perdas para administrar ”
Novembro 2010- Pausa para luzes e maquiagem no salão. Depois de retirar trompas, ovários e útero...          

         
Ó, pedaço de mim   
      
        Gisele, atônita, encaminhou-se para a operação que a mutilou. Queria sair da anestesia com a mama de silicone. Não restou tecido suficiente e colocaram um expansor de pele que a prepararia para a restauração futura. Vaidosa, sua reação ao retirar o curativo e se olhar sem o seio foi chorar. Chorou muito por mais essa perda. Uma das partes que a conectava com a feminilidade ia embora. A autoestima por um sopro acabou desmoronando em seguida, com a quimioterapia. Ela se despediu do seu amado cabelo. 
        De abril a outubro de 2010, Gisele fez oito sessões de químio. Sofreu bastante com os efeitos colaterais: sentiu cansaço, enjoo e... os fios caindo. Recusou-se, no entanto, a ficar presa no fundo do poço. Reagiu. Ao perceber que o cabelo ia mesmo ralear, assumiu o comando de pelo menos um dos fatos que a atropelavam. Adotou um corte radical. O cabeleireiro, entre pena e susto, chegou a adverti-la: conhecia a importância que dava ao cabelão. Ela insistiu: “Pode cortar!” Reduziu para a altura dos ombros, em estilo chanel, os fios que atingiam a cintura. Esperou uns dias, encheu-se de coragem e voltou para passar a máquina zero. Foi duro, mas ela já estava mais forte. Intuiu que o cabelo representaria a luta para se livrar da doença. 
  Fotos: Hugo Lenzi
A saga de Rose que brigou muito
 até chegar à cura! 
Maio 2010- A franja cobre a ausência dos cílios. Mas não disfarça a tensão: faltam cinco dias para retirar a mama

Agosto 2010 -Com os fios apontando às vésperas da rádio, Rose sente as feridas do corpo e da alma querendo cicatrizar.

Novembro 2010- Os cabelos ganham forma, o ciclo de um ano de imunoterapia chega ao fim....
                                                                                                                           
 (...)O apoio da família é fundamental!(...)
          A químio conseguira reduzir o tumor e ela, enfim, se submetera à mastectomia. Na mesa de operação, os médicos pediram uma nova biópsia: o câncer estava derrotado. A retirada da mama significava uma medida de segurança contra a volta da doença! (Igual a mim!!!!)
Pânico e outros fantasmas

Três meses se passaram. Os cabelos de Rose e Gisele cresciam. Os desafios também. 

Fotos: Hugo Lenzi
A maquiagem é muito bem-vinda e já é possível afirmar: “A doença não está mais em mim”

Março 2011- Tudo domado: o penteado está ok, o corpo, que ganhou 18 quilos, começa a desinchar e ela não vê a hora de voltar à rotina anterior
Dezembro 2011- Os fios cresceram como a vontade de viver. “Vou arrumar um novo amor e comemorar em alto-mar”
Fotos: Hugo Lenzi
 Ela reflete: “Eu não só sobrevivi como me tornei uma vencedora. Sirvo de exemplo para minha filha”

Março 2011-O penteado para elevar o astral marca a luta contra a depressão e os efeitos colaterais da hormonioterapia

Dezembro 2011-Pronta para celebrar: “Antes, eu estava sufocada. Hoje cuido da saúde, posso me amar e me reerguer”


       O balanço que Gisele fez: os últimos dois anos viraram oportunidade para uma guinada. “Mudei meus valores, repensei muitas coisas. Me dei conta de que vivia apenas para a filha, a casa e o marido. E a Gisele mulher? “Estava sufocada. Agora me cuido. Descobri uma pessoa mais completa, que pode se amar e se reerguer. Um dia de cada vez. Não vou desistir.” Ela resolveu retomar os estudos. Havia iniciado a faculdade de administração hospitalar, mas o tratamento forçou uma interrupção. 
     Agora se prepara para ser técnica em estética. Pretende também ser voluntária: “Vou cuidar de mulheres com a autoestima abalada pelo câncer de mama. Como eu, elas precisam de um toque, um carinho, um cuidado com a beleza”. 
Elas tiveram paciência e encerraram essa história com chave de ouro.
Linda história de superação... 
PARA AS MUITAS ROSES, GISELES E ANAS POR AÍ....
A VIDA VALE A PENSA SEMPRE! 
MAS QUEM DISSE QUE É FÁCIL


PARABÉNS A REVISTA CLÁUDIA E AOS PROFISSIONAIS VERA GOLIK E HUGO LENZI  PELA EXCELENTE REPORTAGEM!!!  

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