ATENÇÃO AMIGAS DO PEITO!!!
Essa foi uma reportagem que mexeu muito comigo e gostaria de dividi-la com vocês. Histórias reais de quem venceu!
Eu venci e você também pode!
Guerreiras contra o câncer
A Revista CLÁUDIA acompanhou a guerra de Rose e Gisele contra o câncer de mama. Do
diagnóstico ao tratamento, com altos e baixos, elas sofreram grandes
mudanças físicas e emocionais.
Eu me identifiquei muuuuuuuuuuito com a história dessas mulheres... e você também pode ter um final feliz!!!
Conheça seu corpo
Infelizmente, Rose e Gisele não são casos raros. Só este ano, outras
52.680 mulheres vão descobrir que estão com câncer de mama. Desse grupo
de brasileiras, 12 mil deverão morrer, segundo cálculos do Instituto
Nacional do Câncer, do Ministério da Saúde. O principal motivo:
diagnóstico e tratamento tardios. “Quanto mais avançado o câncer,
menores as chances de cura”, diz Luciana Holtz, psico-oncologista,
presidente do Instituto Oncoguia.
A ong Susan G. Komen, que ela gerencia
no país, sugere esta rotina de autocuidado:
- Conheça o seu próprio risco – você tem pessoas na família com câncer?
De que tipo?
-Seu histórico inclui doenças como hiperplasia? A primeira
menstruação foi muito cedo?
- Apalpe sempre as mamas e reconheça sinais de alerta.
- Vá ao ginecologista anualmente para a análise clínica das mamas.
- Faça mamografia a partir dos 40 anos e a cada 12 meses.
- Adote hábitos saudáveis: faça exercícios, alimente-se de forma equilibrada, evite o álcool em excesso e o cigarro.
De peito aberto
A jornalista e escritora Vera Golik e o fotógrafo e sociólogo Hugo
Lenzi, convidados para fazer esta reportagem, sensibilizam milhões de
pessoas para o tema com o projeto “De peito aberto, a
autoestima da mulher com câncer de mama, uma abordagem humanista”. O
trabalho, que inclui exposição de fotos, palestras e um livro,
transforma o câncer numa oportunidade de vitória. A ideia surgiu em
2000: “Na mesma semana, soubemos que minha irmã Andrea e meu irmão Peter
estavam com câncer. Minha mãe, Dagmar, recebeu o diagnóstico meses
depois”, conta Vera. O foco do projeto é o câncer de mama – o mais comum
entre mulheres. “É um alerta para que os profissionais de saúde
enxerguem na paciente não só a doença, mas o ser humano e para que o
apoio dos familiares e amigos seja uma constante”, diz Hugo. Vera foi
selecionada como Embaixadora Global para o Câncer, pela American Cancer
Society. A exposição “De peito aberto” esteve na ONU, em Nova York, em
setembro. A mostra, agora também com fotos de Rose e Gisele, percorre
Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo no primeiro semestre.
As histórias começam parecidas: em 2009, num autoexame, Rose e Gisele
notaram um nó na mama. Apesar do enredo semelhante, cada uma reagiu a
seu modo. Até porque elas nem se conheciam e tinham estilos diferentes.
Entrei na vida dessas guerreiras ao pesquisar os registros do Hospital
A.C. Camargo, em São Paulo, onde enfrentei casos de câncer na minha
família. Foram 19 meses de rica convivência.
Rosemary Amaral Silva, ou
simplesmente Rose, 44 anos, solteira, sem filhos, é supereficiente.
Organizadora de eventos, típica workaholic, trabalha sem se dar trégua.
Saía de dificuldades emocionais num relacionamento complicado – e isso
lhe doía – pouco antes de o tumor se revelar.
Gisele Lozovoi Cifarelli,
39 anos, se dedicava exclusivamente à casa, ao marido e à filha
Giovanna, 9 anos, até que seu casamento de 11 anos, tido como perfeito,
se desfez. O marido estava envolvido com outra. Dez meses depois, Gisele
detectava o câncer.
Os médicos não são categóricos em relacionar
choques emocionais com o surgimento do problema, mas se sabe que eles
podem, sim, ser um dos fatores que desencadeiam a doença em quem tem
propensão.
Para as duas, o instante da revelação se resumiu no mesmo turbilhão, repleto de dor, medo e desespero.
Confira alguns trechos que li, me emocionei e destaquei:
Fotos: Hugo Lenzi |
Rose Amaral Silva: peruca para trabalhar sem chamar a atenção para a doença
O tumor de Rose era grande demais, precisava ser reduzido antes da
cirurgia. Ela encarou várias sessões de químio. Perdeu todos os pelos do
corpo, até cílios e sobrancelhas, e isso a abalou profundamente. (igual ao que aconteceu comigo!)Desde
pequena mantinha uma relação forte com o cabelo longo. Soluçou quando os
primeiros fios se soltaram. Até então, nunca havia deixado de se
produzir, de andar em forma. De repente, o espelho revelou uma mulher
inchada, com mechas caindo aos montes. Não desejava mais encontrar, no
chão, partes dela que morriam.
Sucesso! Os fios vigorosos marcam a cura e o crescimento pessoal
Fotos: Hugo Lenzi |
Maio 2010 -Corte chanel: driblando os efeitos tóxicos da quimioterapia e a queda dos fios, que chegavam à cintura.
Agosto 2010- Penugens: “Não finjo que tudo está sendo fácil. Os cabelos caem, há outras dores. São muitas perdas para administrar ”
Novembro 2010- Pausa para luzes e maquiagem no salão. Depois de retirar trompas, ovários e útero...
Ó, pedaço de mim
Gisele, atônita, encaminhou-se para a operação que a mutilou. Queria
sair da anestesia com a mama de silicone. Não restou tecido suficiente e
colocaram um expansor de pele que a prepararia para a restauração
futura. Vaidosa, sua reação ao retirar o curativo e se olhar sem o seio
foi chorar. Chorou muito por mais essa perda. Uma das partes que a
conectava com a feminilidade ia embora. A autoestima por um sopro acabou
desmoronando em seguida, com a quimioterapia. Ela se despediu do seu
amado cabelo.
De abril a outubro de 2010, Gisele fez oito sessões de
químio. Sofreu bastante com os efeitos colaterais: sentiu cansaço, enjoo
e... os fios caindo. Recusou-se, no entanto, a ficar presa no fundo do
poço. Reagiu. Ao perceber que o cabelo ia mesmo ralear, assumiu o
comando de pelo menos um dos fatos que a atropelavam. Adotou um corte
radical. O cabeleireiro, entre pena e susto, chegou a adverti-la:
conhecia a importância que dava ao cabelão. Ela insistiu: “Pode cortar!”
Reduziu para a altura dos ombros, em estilo chanel, os fios que
atingiam a cintura. Esperou uns dias, encheu-se de coragem e voltou para
passar a máquina zero. Foi duro, mas ela já estava mais forte. Intuiu
que o cabelo representaria a luta para se livrar da doença.
Fotos: Hugo Lenzi |
A saga de Rose que brigou muito
até chegar à cura!
Maio 2010- A franja cobre a ausência dos cílios. Mas não disfarça a tensão: faltam cinco dias para retirar a mama
Agosto 2010 -Com os fios apontando às vésperas da rádio, Rose sente as feridas do corpo e da alma querendo cicatrizar.
Novembro 2010- Os cabelos ganham forma, o ciclo de um ano de imunoterapia chega ao fim....
Agosto 2010 -Com os fios apontando às vésperas da rádio, Rose sente as feridas do corpo e da alma querendo cicatrizar.
Novembro 2010- Os cabelos ganham forma, o ciclo de um ano de imunoterapia chega ao fim....
(...)O apoio da família é fundamental!(...)
A químio conseguira reduzir o tumor e ela, enfim, se submetera à
mastectomia. Na mesa de operação, os médicos pediram uma nova biópsia: o
câncer estava derrotado. A retirada da mama significava uma medida de
segurança contra a volta da doença! (Igual a mim!!!!)
Pânico e outros fantasmas
Fotos: Hugo Lenzi |
A maquiagem é muito bem-vinda e já é possível afirmar: “A doença não está mais em mim”
Março 2011- Tudo domado: o penteado está ok, o corpo, que ganhou 18 quilos, começa a desinchar e ela não vê a hora de voltar à rotina anterior
Dezembro 2011- Os fios cresceram como a vontade de viver. “Vou arrumar um novo amor e comemorar em alto-mar”
Fotos: Hugo Lenzi |
Ela reflete: “Eu não só sobrevivi como me tornei uma vencedora. Sirvo de exemplo para minha filha”
Março 2011-O penteado para elevar o astral marca a luta contra a depressão e os efeitos colaterais da hormonioterapia
Dezembro 2011-Pronta para celebrar: “Antes, eu estava sufocada. Hoje cuido da saúde, posso me amar e me reerguer”
O balanço que Gisele fez: os últimos dois anos viraram oportunidade para
uma guinada. “Mudei meus valores, repensei muitas coisas. Me dei conta
de que vivia apenas para a filha, a casa e o marido. E a Gisele mulher?
“Estava sufocada. Agora me cuido. Descobri uma pessoa mais completa, que
pode se amar e se reerguer. Um dia de cada vez. Não vou desistir.” Ela
resolveu retomar os estudos. Havia iniciado a faculdade de administração
hospitalar, mas o tratamento forçou uma interrupção.
Agora se prepara
para ser técnica em estética. Pretende também ser voluntária: “Vou
cuidar de mulheres com a autoestima abalada pelo câncer de mama. Como
eu, elas precisam de um toque, um carinho, um cuidado com a beleza”.
Elas tiveram paciência e encerraram essa história
com chave de ouro.
Linda história de superação...
PARA AS MUITAS ROSES, GISELES E ANAS POR AÍ....
A VIDA VALE A PENSA SEMPRE!
MAS QUEM DISSE QUE É FÁCIL?
PARABÉNS A REVISTA CLÁUDIA E AOS PROFISSIONAIS VERA GOLIK E HUGO LENZI PELA EXCELENTE REPORTAGEM!!!
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