19/12/2012

CRENÇA

 CASA
Não faz muito tempo, uma amiga me disse que não tem estrutura para sentir dor com a intensidade com que geralmente sinto quando a dor resolve dar as caras. Ao escutar o barulho da porta que anuncia a chegada da dita-cuja, que sabe jeitos de abrir todo tipo de tranca, ela foge, contou-me rindo da costumeira estratégia. Irmanada também pelas artimanhas que inventamos pelo caminho, às vezes apenas para sobreviver às ameaças dos nossos próprios dramas, eu lhe perguntei como poderia escapar se a dor, ardilosa, espaçosa, já estava dentro de casa.

“Ah, querida, mas tem a porta dos fundos!...”

Tem mesmo.
Rindo ali com ela, cada uma experimentando a própria encrenca emocional da vez, com o roteiro da vez, com o cenário da vez, com o elenco da vez, eu me lembrei de um monte de situações em que tentei fugir da mesma maneira, pela porta dos fundos. Eu me lembrei de vezes em que, de fato, fugi, toda prosa por acreditar ter conseguido. Eu me lembrei que fugir, às vezes, é necessário para recuperar o fôlego. Para restaurar a força. Para retomar o contato.

(...)
Toda porta dos fundos nos leva para um lugar fora da gente. Uma hora, mais cedo ou mais tarde, querendo ou não querendo, fazendo birra, tentando desconversar, precisamos voltar pra casa se não quisermos passar o resto da vida longe de nós mesmos. E aí tanto faz por qual porta nós voltamos.

(...)
Aprendi com o tempo das fugas e com o resultado de cada uma delas que podemos adiar o encontro do nosso olhar com os olhos perturbadores da dor, mas não tem jeito: em algum quarteirão da vida, eles vão se encontrar. Por isso, agora, toda vez que acontece, escolho ficar em casa. Escolho encarar de uma vez. Mergulho inteirinha, protegida com o escafandro da fé e do amor que me habitam.

Dor adiada é dor acumulada, apenas isso, é o que aprendi comigo. É o que aprendi com as dores.
 
 


 E a vida é tão mágica que, lá no fundo mais fundo do oceano nada pacífico de cada uma delas, lá no instante ou quase em que a pilha da lanterna acaba, a gente descobre um jeito novo, muito lindo, muito nosso, comovente muitas vezes, para conseguir emergir e transformar o que parecia impossível de transformação.
E não é exagero dizer que geralmente emergimos mais corajosos. Mais ternos. Mais bondosos. Mais nós mesmos. Mais conscientes do que, de verdade, nos importa. Com mais urgência de nos sentirmos felizes na nossa própria pele.
O amor, não importa de que forma se manifeste, encontrará maneiras para nos tirar lá desse lugar com recursos às vezes inimagináveis. Podemos estar tão cansados pelo breu que não conseguimos perceber num primeiro momento, nem num oitavo, nem num trigésimo, o convite da luz. Mas, de um jeito ou de outro, o amor que nos habita não cansará de tentar. Ele não foge pela porta dos fundos.
      
                                                                   Ana Jácomo 

Escrito em 27-11-2011

Tenho passado dias sem escrever, tenho lido mais...
Hoje quero escrever sobre Dor... meu Deus como eu preciso tomar um PORRE de otimismo e sonho... Ando querendo todo dia, carinho, colo, dengo, PERMANÊNCIA...

 São quase 2 da manhã e a insônia é minha companhia. Uma insônia irritante. Inquietante.
Cansada de algumas IDAS E VINDAS DA MINHA VIDA. 
Preciso de LIBERTAÇÃO! 

E só o SENHOR É CAPAZ DISSO!


O QUE FAZER COM AS PERDAS

PERDÊ-LAS! 


Recebi hoje essa linnnnda mensagem pelo celular:

"Para um José sonhador, Deus tem uma cadeira de governador. Para um Jacó que luta com o anjo, Deus tem um novo nome de vencedor. Para uma Ana perseverante, Deus tem um milagre. Para um Davi ungido, Deus tem uma pedrinha que nunca erra. Para um moisés obediente, Deus tem um cajado que abre o mar. Para três jovens corajosos, Deus tem um passaporte para no fogo passar. Você não é diferente deles!!!
Deus tem algo especial para você, ACREDITE NA SUA VITÓRIA! TU CANTARÁS E DEUS SERÁ GLORIFICADO!!! 

EU CREIO QUE DEUS RENOVARÁ 

TUDO NA MINHA VIDA... FARÁ 

TUDO NOVO, TODO DIA....

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